ATENÇAO ALUNOS!!!

PARA CADA ETAPA DO PAS ,POSTAREI QUINZENALMENTE ALGUMAS SUGESTÕES DE LEITURAS,APRECIAÇÃO DE OBRAS DE ARTE E MÚSICAS DE ACORDO COM O SUBPROGRAMA DISPONÍVEL NO SITE DO CESPE/PAS/UNB.BOA SORTE.MARCELA

domingo, 2 de dezembro de 2012

16/12 – Terceira etapa PAS/ UnB 2012


Duração das provas:
- As provas começam às 13h
- A recomendação é chegar com 1 hora de antecedência
- Com 5 horas de duração, os exames encerram às 18h 
- O aluno só pode deixar a sala após 1 hora o início das provas
- O caderno de provas só pode ser levado nos últimos 15 minutos

O que levar: 
- Documento original com foto
- Caneta esferográfica preta com carga transparente
- Lanche leve e água
- Agasalho, em caso de fazer frio

O que deixar em casa:
- Bonés e chapéus
- Aparelhos eletrônicos (celulares, MP3, rádio, calculadora, telefone celular)

Como as provas são constituídas
A prova de cada etapa possui duas partes:
- a parte 1, composta pelas avaliações em língua estrangeira (espanhol, inglês ou francês)
- e a parte 2, formada pelas provas de artes cênicas, artes visuais, biologia, filosofia, física, geografia, história, língua portuguesa, literatura, matemática, música, química e sociologia
- As questões são do tipo A (certo ou errado), tipo B (questões de cálculo, onde a resposta varia de 000 a 999), tipo C (questões de múltipla escolha) e tipo D (questões discursivas).

SEGUNDA ETAPA DO PAS PINTURAS




















sexta-feira, 2 de novembro de 2012

ASSUNTOS E CONTEÚDOS DO ENEM 2012

Os assuntos do ENEM 2012 são baseados nos conteúdos do ensino médio. Levando em consideração 540 questões aplicadas entre as edições de 2009 e 2011 do Enem, dentro das matérias das áreas de conhecimento citadas acima, a Revista Veja fez um estudo abrangente e bem útil para quem está se preparando. Com base nos dados foi feito um levantamento sobre os assuntos que mais foram cobrados até hoje. As questões de Química apresentaram maior número de cobrança em físico-química, química geral, atomística, meio ambiente e química orgânica. Em Biologia as questões cobradas com maior frequência foram de ecologia, genética, reinos e fisiologia animal. Física priorizou eletricidade, mecânica, óptica e por fim, termologia e ondas. Perguntas sobre Humanidades cobraram com maior intensidade o conhecimento em sociologia/filosofia, tecnologia da informação, cidadania, movimentos sociais, identidade cultural e nacional. Em Geografia despontaram os assuntos sobre meio ambiente, seguido de geopolítica, geografia econômica e estrutura fundiária. História teve grande registro de questões sobre a república brasileira, idade contemporânea, idade moderna, Brasil colônia, império e Era Vargas. Agora falaremos sobre as questões que mais mexem com os estudantes. A cobrança maior em Matemática foi sobre funções (conceitos, gráficos e tabelas), grandezas proporcionais, porcentagem, estatística, probabilidade, prisma, cilindro, áreas, números inteiros e geometria do espaço. Na área de Linguagem a maior exigência foi na interpretação de texto, seguido de gêneros textuais, relação intertextual, normal culta versus normal popular, funções de linguagem, literatura e artes, gramática e figuras de linguagem. Redação cai no Enem 2012? A resposta é sim. Os conteúdos da redação são cobrados dentro da seção de Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias. A pontuação máxima que pode ser alcançada na redação vai de 0 a 1000 pontos. São observadas ao todo cinco competências básicas para se compor sua nota final. A cada competência são podem ser atribuídos a nota máxima de 200 pontos. O tema da redação só será conhecido na data do exame, permanecendo em sigilo até o momento da prova. Para se preparar para a redação é importante estar atento aos principais temas cotidianos abordados pela imprensa em geral e em discussão pela sociedade. Em geral a temática da redação do Enem trás consigo grande relevância social com impacto direto na comunidade brasileira

dúvidas sobre o ENEM

Para que serve o Enem? O Enem tem como principal objetivo avaliar o desempenho escolar e acadêmico ao fim do ensino médio. O exame é utilizado como critério de acesso do participante a programas governamentais, como o Prouni (Programa Universidade para Todos), o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e o Ciência sem Fronteiras. Com as notas do Enem também é possível obter a certificação de conclusão do Ensino MédioQuem pode fazer a prova? O Enem é destinado para quem já concluiu ou vai concluir o ensino médio no ano de aplicação da prova. Qual é a nota máxima e a nota mínima para uma prova do Enem? Como o Enem usa a metodologia da TRI (Teoria de Resposta ao Item), não existe uma pontuação máxima e mínima que o candidato pode atingir – com exceção da redação, que não é corrigida por esse modelo e cuja nota varia de zero a 1.000. A partir das notas obtidas pelos participantes, o Inep constrói uma escala de notas máximas e mínimas que permite ao aluno comparar seu desempenho com o dos demais estudantes. Essas informações são divulgadas com os boletins individuais. Como é a prova do Enem? O exame será constituído de uma redação e quatro provas objetivas, contendo cada uma 45 questões de múltipla escolha. No primeiro dia de aplicação do exame, serão realizadas as provas de ciências humanas e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas tecnologias, com duração de 4h30, contadas a partir da autorização do aplicador para início das provas. No segundo dia, serão realizadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e matemática e suas tecnologias, com duração de 5h30, contadas a partir da autorização do aplicador para início das provas. O que a prova do Enem tem de diferente de outros vestibulares? O Enem usa a metodologia da TRI (Teoria de Resposta ao Item). Na TRI não existe uma pontuação máxima e mínima que o candidato pode atingir. A correção avalia as habilidades de cada candidato e não depende apenas do número de acertos e erros do estudante, como nos vestibulares tradicionais, mas do nível de dificuldade de cada item. Uma questão que teve baixo índice de acertos é considerada “difícil” e, portanto, tem mais peso na pontuação final. Aquelas que têm alto índice de acertos são classificadas como “fáceis” e contam menos pontos na nota final do candidato. Dessa forma, dois participantes que acertaram o mesmo número de itens poderão ter médias finais diferentes, dependendo do nível de dificuldade de cada uma dessas questões. A redação do Enem tem alguma particularidade? As redações do Enem são avaliadas de acordo com cinco competências: 1) Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita. 2)Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 3)Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 4)Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 5) Elaborar proposta de solução para o problema abordado, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. Quando sai o gabarito das provas do Enem? Os gabaritos do Enem serão divulgados até o terceiro dia útil seguinte ao de realização das últimas provas.

Texto dissertativo argumentativo

TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO INTRODUÇÃO DO TEXTO DISSERTATIVO -Introdução :levar um leitor universal(qualquer um para dentro do texto) Intro latim=dentro dução latim=levar Objetivos de uma introdução: +Explicitar o tema. Explicar sobre o que será a sua redação. +Mostrar o seu posicionamento: Concorda?Discorda de algo?Posiciona-se contrariamente ao senso comum? É a favor ou contra algo? Quantidade de linhas: de seis a sete. Ex. Tema: Maioridade penal Rotineiramente a sociedade vem se deparando com inúmeros casos de violência causados por adolescentes menores de dezoito anos. Para coibir essa prática, o Governo Federal criou um projeto de lei que reduz a maioridade penal para 16 anos. (Apenas apresentou-se o tema até agora, não existe até aqui opinião). Sem dúvida alguma, a melhor forma de acabar com uma prática nociva à sociedade, é imputando penas severas aos infratores da lei.( Neste caso ,a favor da redução da maioridade penal). Os defensores dessa lei esquecem-se que a melhor forma de acabar com algo nocivo à sociedade, é atacando as causas e não os seus sintomas mais evidentes.(Nesse caso o posicionamento é contrario à maioridade penal). TIPOS DE INTRODUÇÃO a)Citação de argumentos: Tema :Estatuto de desarmamento Atualmente os brasileiros parecem ter que se conformar com uma triste realidade no momento em que ligam a TV ou lêem os jornais: o grande número de crimes hediondos cometidos com a manipulação de armas de fogo. No intuito de coibir esta prática,o Governo criou um projeto de lei que prevê grandes restrições à comercialização desses armamentos em nosso país.Nessa perspectiva aspectos comerciais,sociais e,principalmente humanos,devem ser avaliados para que se chegue a uma conclusão minimamente polemica sobre a questão. Se eu fizer este tipo de introdução ,no desenvolvimento três parágrafos que argumentativos logo em seguida:os aspectos comerciais,os aspectos sociais e os aspectos humanos ( É neste a defesa da tese). b)Contexto histórico: Tema: Até que ponto o povo brasileiro é politicamente questionador? Durante mais de duas décadas, desde o golpe militar até a eleição de Fernando Collor de Melo como presidente da República no fim dos anos 80, o brasileiro manteve-se distante das urnas. Não é difícil imaginar que nesse contexto de afastamento eleitoral, o brasileiro desconfie de qualquer boa intenção de algum candidato. Hoje o cidadão vota mais por medo de punição do que por dever cívico e consciência da importância de seu voto. Tema: Descatracalização da vida c) Narração ou exemplo concreto Tema: Intolerância no mundo contemporâneo Onze de setembro de 2001. Neste dia o mundo parava completamente atônito em frente as telas de televisão vendo as torres gêmeas caírem.Contudo uma nova realidade emergia juntamente com a ameaça terrorista: a questão da intolerância no mundo contemporâneo e as formas de combater em todos os níveis, esse mal. d)Flashes.Frases nominais Tema: Como o povo brasileiro deve lidar com crises Crises econômicas. Crise ambiental. Crise de valores. Até mesmo crise de energia. Infelizmente é neste contexto de crises em que vive, ou sobrevive o brasileiro contemporâneo. Para lidar com essa situação, diversas ações deveriam ser tomadas, desde o investimento em educação, passando pelo combate aos corruptos, até a atenção à Floresta Amazônica.Somente desse modo pode-se evitar a saída derradeira: a porta do avião . e)dados estatísticos: Tema: Analfabetismo funcional no Brasil Pesquisas revelam que 70 %dos brasileiros enquadram-se em maior ou menor grau de intensidade em um dos maiores problemas educacionais do país: o analfabetismo funcional.Essa disfunção ocorre quando a pessoa lê e escreve , mas não é capaz de entender o que foi lido.Sem dúvida tal malefício traz prejuízo a ao individuo e a sociedade,devendo ser combatido na sua raiz mais profunda,a educação de base. f) Citação: Você pode citar trechos de músicas, pensamentos de filósofos, pensamentos de poesias,frases de estudiosos ou intelectuais,etc. Tema: Observância das leis Segundo o filosofo grego Aristóteles “a lei é a razão livre da paixão”.A julgar pelo panorama atual ,esse precioso ensinamento vem sendo constantemente desvirtuado.Para muitos a lei funciona como um sinônimo de interesses e desejos pessoais revela-se elemento inerente à observância das leis.E o que é pior ,pode ser pretexto para que esta não seja sequer cumprida. g)Visão geral do assunto ou conceituação: Tema:A importância da família para um individuo contemporâneo Em sua etimologia, educar significa elevar, conduzir para um patamar superior. No contexto contemporâneo a condução de um individuo a um plano mais elevado depende de diversos elementos, seja a escola como meio social, seja a índole de cada um. No entanto, tudo indica que o há um fator mais essencial do que todos os outros: a presença da família. h)Questionamentos:que levem o leitor a construir um raciocínio com leitor.Os questionamentos devem ser respondidos ao longo do texto. Tema:Identidade cultural brasileira Muito se discute sobre a existência de uma identidade cultural do brasileiro.De fato,em um contexto de globalização como o que vivemos, as dúvidas sobre a brasilidade tendem a surgir.Neste sentido cabe perguntar:o que é identidade cultural?Estamos sendo vítimas de dominação estrangeira?Podemos perder nossas principais características?É possível se opor á globalização reafirmando nossos traços? Desenvolvimento do texto Dissertativo É o momento em que se defende o ponto de vista acerca do tema proposto. Deve-se atentar para não deixar de abordar nenhum item proposto na introdução. Pode estar dividido em 2 ou 3 parágrafos e corresponde a umas 20 linhas, aproximadamente. A abordagem depende da técnica definida na introdução. A distribuição da argumentação em parágrafos depende, também, da técnica adotada.Você pode apresentar: • A)3 argumentos - um parágrafo explica cada um dos argumentos • B)causas e conseqüências - Para encontrarmos uma CAUSA , perguntamos: Por quê? • No sentido de encontrar uma CONSEQÜÊNCIA para o problema • enfocado cabe a seguinte pergunta: O que acontece em razão disso? • C)prós e contras - são as mesmas opções da técnica de causas e conseqüências, substituídas por prós e contras ou aspectos positivos e negativos sobre determinado assunto. • D)abordagem histórica - compara-se o antes e o hoje, elucidando os motivos e conseqüências dessas transformações. Cuidado com dados como datas, nomes etc. de que não se tenha certeza. • E)abordagem comparativa - usam-se duas idéias centrais para serem relacionadas no decorrer do texto. A relação destacada pode ser de identificação, de comparação ou as duas ao mesmo tempo.Você pode comparar por exemplo masculino x feminino;zona rural x zona urbana;país A x país B;professor x aluno ; etc. É muito importante manter uma abordagem mais ampla, mostrar os dois lados da questão. O texto esquematizado previamente reflete organização e técnica, valorizando bastante a redação. Logo, um texto equilibrado tem mais chances de receber melhores conceitos dos avaliadores, por demonstrar que o candidato se empenhou para construí-lo. CONCLUSÃO DO TEXTO DISSERTATIVO A conclusão é a parte final do texto, um resumo forte e breve de tudo o que já foi dito, cabe também a essa parte responder à questão proposta inicialmente, expondo uma avaliação final do assunto. Na conclusão pode-se retomar a tese e criar impacto no leitor. Raramente a conclusão pode vir na forma de interrogação ou representada por um elemento-surpresa. No caso da interrogação, ela é meramente retórica e deve já ter sido respondida pelo texto. O elemento surpresa consiste quase sempre em uma citação científica, filosófica ou literária, em uma formulação irônica ou em uma idéia reveladora que surpreenda o leitor e, ao mesmo tempo, dê novos significados ao texto. Tipos de conclusão : 1)Concluindo com uma sugestão em resposta ao problema discutido TEMA :AS LEIS DE TRANSITO O caminho para tornar o trânsito menos assassino é inequívoco: pôr um fim à impunidade, ampliando a fiscalização e cassando a habilitação dos maus motoristas contumazes. 2)Concluindo por meio de uma dedução TEMA:Indicador cultural É claro que, diante de problemas emergenciais como fome, violência e descalabros na saúde e na educação, a cultura acaba sendo lançada para um segundo plano. O risco que corremos é o de que essa situação que deveria ser aguada se torne crônica e nós tratemos sempre a questão cultural como secundaria. 3)Concluindo por meio de uma síntese TEMA :O país da favela Retrato da exasperante desigualdade social do país, a convivência de bairros de alta renda com grandes favelas em nossos centros urbanos choca qualquer pessoa que ainda preserve alguma capacidade de observação e indignação. Algumas regras básicas sobre o texto dissertativo argumentativo: *Escrita legível, proporcional, nem dilatada nem apertada demais, bem limpa sem borrões, com uma velocidade rítmica regular (muitas vezes a pessoa começa a rabiscar e nada se entende no final); *Cuidado com a ortografia e as acentuações;*Não faça menos que o exigido e nem ultrapasse o máximo de linhas na dissertação da folha de Redação (Para isto você ganha uma folha de rascunho); *Saiba "juntar" as informações que você tem;*Utilize linguagem formal e em 3ª pessoa; *Evite abreviaturas, siglas, estrangeirismos, frases feitas, bordões, gírias, etc.*Nunca utilize frases ou palavras como “Eu penso”, “Eu acho”, “Talvez”, “Atualmente”, “Nós;*A repetição de palavras num texto dissertativo pode retirar pontos preciosos dos candidatos a uma vaga de vestibulares, concursos, Pas e Enem;*Evite ecos nas frase causados por aliterações e assonâncias e rimas .Um exemplo de eco é a frase “A atuação da comunicação diante das denúncias de corrupção...”. *Evite o “queísmo”. Usar “que” várias vezes numa mesma oração, ou num mesmo parágrafo, deixa o texto sujo e pode deixar o leitor perdido nas ideias. Por exemplo: “Brasília, que é a capital federal” ficaria “Brasília, capital federal...”.
Tema redação Enem 2012: 1. Novo Código Florestal Tema redação Enem 2012: 2. Conferência do Rio+20 Tema redação Enem 2012: 3. Construção de usinas hidrelétricas na Amazônia Tema redação Enem 2012: 4. Plano Nacional de Energia Tema redação Enem 2012: 5. Sustentabilidade Tema redação Enem 2012: 6. Lixo Tema redação Enem 2012: 7. Economia verde Tema redação Enem 2012: 8. Fontes de energia Tema redação Enem 2012: 9. Cyberbullying Tema redação Enem 2012: 10. Violência contra professores Tema redação Enem 2012: 11. Papel dos professores em sala de aula Tema redação Enem 2012: 12. Comportamento do motorista brasileiro Tema redação Enem 2012: 13. Falta de educação no trânsito Tema redação Enem 2012: 14. Imprudências no trânsito Tema redação Enem 2012: 15. Número de jovens envolvidos em acidentes de trânsito Tema redação Enem 2012: 16. Causas que mobilizam os jovens no Brasil Tema redação Enem 2012: 17. Efeitos do Bullying na vida de uma criança Tema redação Enem 2012: 18. Lei que favorece o sujeito que dirige alcoolizado Tema redação Enem 2012: 19. Falta de blitz para a Lei Seca Tema redação Enem 2012: 20. Não funcionamento do projeto Ficha Limpa Tema redação Enem 2012: 21. Benefícios da prática esportiva para o indivíduo e para a sociedade Tema redação Enem 2012: 22. Comissão da verdade Tema redação Enem 2012: 23. Eleições municipais 2012 Tema redação Enem 2012: 24. Educação: princípio para a igualdade social Tema redação Enem 2012: 25. Olimpíadas Brasil 2016 Tema redação Enem 2012: 26. Copa Brasil 2014 Tema redação Enem 2012: 27. Ascensão Feminina Tema redação Enem 2012: 28. Olimpíadas de Londres 2012 Tema redação Enem 2012: 29. Primavera Árabe Tema redação Enem 2012: 30. Desaparecimento das boas maneiras (educação) Tema redação Enem 2012: 31. Terceirização da educação básica Tema redação Enem 2012: 32. Catástrofes naturais Tema redação Enem 2012: 33. Brasil no cenário internacional Tema redação Enem 2012: 34. Crise econômica mundial Tema redação Enem 2012: 35. União civil homossexual Tema redação Enem 2012: 36. Comportamento perigoso do motorista brasileiro Tema redação Enem 2012: 37. Falta de credibilidade do voto Tema redação Enem 2012: 38. Importância do esporte para resgatar jovens da marginalidade Tema redação Enem 2012: 39. Desigualdade de gênero Tema redação Enem 2012: 40. Violência no futebol Tema redação Enem 2012: 41. Marcha da Maconha Tema redação Enem 2012: 42. Greves de setores essenciais para a sociedade Tema redação Enem 2012: 43. Descriminalização das drogas Tema redação Enem 2012: 44. Cotas universitárias Tema redação Enem 2012: 45. Sexualidade do jovem brasileiro Tema redação Enem 2012: 46. Delinquência juvenil Tema redação Enem 2012: 47. Supervalorização da beleza física Tema redação Enem 2012: 48. Concentração de renda Tema redação Enem 2012: 49. Ascensão da classe C Tema redação Enem 2012: 50. Movimento S.O.P.A - Lei de Combate à Pirataria Online Tema redação Enem 2012: 51. Desgaste da imagem política Tema redação Enem 2012: 52. Julgamento do Mensalão Tema redação Enem 2012: 53. Movimento OWS Occupy Wall Street ('Ocupe Wall Street') Tema redação Enem 2012: 54. Marcha contra a corrupção 2012 Tema redação Enem 2012: 55. Marcha das Vadias Tema redação Enem 2012: 56. Manifestações: "Mamaço 2012" Tema redação Enem 2012: 57. Postura individualista dos jovens Tema redação Enem 2012: 58. Construção da usina de Belo Monte Tema redação Enem 2012: 59. Acidente nuclear no Japão Tema redação Enem 2012: 60. Brasil: busca por vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU Tema redação Enem 2012: 61. Crise na Grécia Tema redação Enem 2012: 62. Participação da Venezuela no Mercosul Tema redação Enem 2012: 63. Monarquia Constitucional Tema redação Enem 2012: 64. Processos de nacionalização de hidrocarbonetos em países latinos Tema redação Enem 2012: 65. Evolução da sustentabilidade Tema redação Enem 2012: 66. Contrabando de armas Tema redação Enem 2012: 67. Centenário de Jorge Amado Tema redação Enem 2012: 68. Viver em harmonia Tema redação Enem 2012: 69. Mercado paralelo de armas Tema redação Enem 2012: 70. Consumo sustentável Tema redação Enem 2012: 71. Direitos e deveres do cidadão Tema redação Enem 2012: 72. Sustentabilidade e urbanização Tema redação Enem 2012: 73. Protestos do Femen Tema redação Enem 2012: 74. Produção de energia hidrelétrica no Brasil Tema redação Enem 2012: 75. Guerra das Malvinas Tema redação Enem 2012: 76. Ensino interativo online Tema redação Enem 2012: 77. Reprovação e abandono escolar Tema redação Enem 2012: 78. Intervenção do Estado em hábitos culturais Tema redação Enem 2012: 79. Criminalidade e agressão dos jovens Tema redação Enem 2012: 80. Homofobia e direitos dos homossexuais Tema redação Enem 2012: 81. Poder transformador da internet Tema redação Enem 2012: 82. Fatores que levam uma pessoa a ser vítima de bullying Tema redação Enem 2012: 83. Direitos reprodutivos da mulher Tema redação Enem 2012: 84. Interferência dos professores na educação Tema redação Enem 2012: 85. Questões indígenas no Brasil Tema redação Enem 2012: 86. Massacre de Realengo (RJ) Tema redação Enem 2012: 87. Massacre na escola de Columbine (EUA) Tema redação Enem 2012: 88. Justiça restaurativa Tema redação Enem 2012: 89. Onda de imigração no Brasil Tema redação Enem 2012: 90. Terremoto no Irã Tema redação Enem 2012: 91. Novas formas de trabalho Tema redação Enem 2012: 92. Carro: instrumento vulnerável Tema redação Enem 2012: 93. Falta de respeito com os ciclistas Tema redação Enem 2012: 94. Bullying Físico Tema redação Enem 2012: 95. Falta de incentivo ao esporte Tema redação Enem 2012: 96. Inclusão social dos deficientes Tema redação Enem 2012: 97. Alto índice de gravidez na adolescência Tema redação Enem 2012: 98. Bullying Verbal Tema redação Enem 2012: 99. Policiais não preparados para combater o crime Tema redação Enem 2012: 100. Transtornos psicológicos sofrido pelos jovens fonte:http://noticias.universia.com.br/atualidade/noticia/2012/08/17/959469/100-temas-podem-cair-na-redaco-do-enem-2012.html

terça-feira, 10 de julho de 2012

Conto :A TERCEIRA MARGEM DO RIO E ANÁLISE

A Terceira Margem do Rio Guimarães Rosa Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo que testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando indaguei a informação. Do que eu mesmo me alembro, ele não figurava mais estúrdio nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos. Só quieto. Nossa mãe era quem regia, e que ralhava no diário com a gente — minha irmã, meu irmão e eu. Mas se deu que, certo dia, nosso pai mandou fazer para si uma canoa. Era a sério. Encomendou a canoa especial, de pau de vinhático, pequena, mal com a tabuinha da popa, como para caber justo o remador. Mas teve de ser toda fabricada, escolhida forte e arqueada em rijo, própria para dever durar na água por uns vinte ou trinta anos. Nossa mãe jurou muito contra a idéia. Seria que, ele, que nessas artes não vadiava, se ia propor agora para pescarias e caçadas? Nosso pai nada não dizia. Nossa casa, no tempo, ainda era mais próxima do rio, obra de nem quarto de légua: o rio por aí se estendendo grande, fundo, calado que sempre. Largo, de não se poder ver a forma da outra beira. E esquecer não posso, do dia em que a canoa ficou pronta. Sem alegria nem cuidado, nosso pai encalcou o chapéu e decidiu um adeus para a gente. Nem falou outras palavras, não pegou matula e trouxa, não fez a alguma recomendação. Nossa mãe, a gente achou que ela ia esbravejar, mas persistiu somente alva de pálida, mascou o beiço e bramou: — "Cê vai, ocê fique, você nunca volte!" Nosso pai suspendeu a resposta. Espiou manso para mim, me acenando de vir também, por uns passos. Temi a ira de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito. O rumo daquilo me animava, chega que um propósito perguntei: — "Pai, o senhor me leva junto, nessa sua canoa?" Ele só retornou o olhar em mim, e me botou a bênção, com gesto me mandando para trás. Fiz que vim, mas ainda virei, na grota do mato, para saber. Nosso pai entrou na canoa e desamarrou, pelo remar. E a canoa saiu se indo — a sombra dela por igual, feito um jacaré, comprida longa. Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte. Só executava a invenção de se permanecer naqueles espaços do rio, de meio a meio, sempre dentro da canoa, para dela não saltar, nunca mais. A estranheza dessa verdade deu para. estarrecer de todo a gente. Aquilo que não havia, acontecia. Os parentes, vizinhos e conhecidos nossos, se reuniram, tomaram juntamente conselho. Nossa mãe, vergonhosa, se portou com muita cordura; por isso, todos pensaram de nosso pai a razão em que não queriam falar: doideira. Só uns achavam o entanto de poder também ser pagamento de promessa; ou que, nosso pai, quem sabe, por escrúpulo de estar com alguma feia doença, que seja, a lepra, se desertava para outra sina de existir, perto e longe de sua família dele. As vozes das notícias se dando pelas certas pessoas — passadores, moradores das beiras, até do afastado da outra banda — descrevendo que nosso pai nunca se surgia a tomar terra, em ponto nem canto, de dia nem de noite, da forma como cursava no rio, solto solitariamente. Então, pois, nossa mãe e os aparentados nossos, assentaram: que o mantimento que tivesse, ocultado na canoa, se gastava; e, ele, ou desembarcava e viajava s'embora, para jamais, o que ao menos se condizia mais correto, ou se arrependia, por uma vez, para casa. No que num engano. Eu mesmo cumpria de trazer para ele, cada dia, um tanto de comida furtada: a idéia que senti, logo na primeira noite, quando o pessoal nosso experimentou de acender fogueiras em beirada do rio, enquanto que, no alumiado delas, se rezava e se chamava. Depois, no seguinte, apareci, com rapadura, broa de pão, cacho de bananas. Enxerguei nosso pai, no enfim de uma hora, tão custosa para sobrevir: só assim, ele no ao-longe, sentado no fundo da canoa, suspendida no liso do rio. Me viu, não remou para cá, não fez sinal. Mostrei o de comer, depositei num oco de pedra do barranco, a salvo de bicho mexer e a seco de chuva e orvalho. Isso, que fiz, e refiz, sempre, tempos a fora. Surpresa que mais tarde tive: que nossa mãe sabia desse meu encargo, só se encobrindo de não saber; ela mesma deixava, facilitado, sobra de coisas, para o meu conseguir. Nossa mãe muito não se demonstrava. Mandou vir o tio nosso, irmão dela, para auxiliar na fazenda e nos negócios. Mandou vir o mestre, para nós, os meninos. Incumbiu ao padre que um dia se revestisse, em praia de margem, para esconjurar e clamar a nosso pai o 'dever de desistir da tristonha teima. De outra, por arranjo dela, para medo, vieram os dois soldados. Tudo o que não valeu de nada. Nosso pai passava ao largo, avistado ou diluso, cruzando na canoa, sem deixar ninguém se chegar à pega ou à fala. Mesmo quando foi, não faz muito, dos homens do jornal, que trouxeram a lancha e tencionavam tirar retrato dele, não venceram: nosso pai se desaparecia para a outra banda, aproava a canoa no brejão, de léguas, que há, por entre juncos e mato, e só ele conhecesse, a palmos, a escuridão, daquele. A gente teve de se acostumar com aquilo. Às penas, que, com aquilo, a gente mesmo nunca se acostumou, em si, na verdade. Tiro por mim, que, no que queria, e no que não queria, só com nosso pai me achava: assunto que jogava para trás meus pensamentos. O severo que era, de não se entender, de maneira nenhuma, como ele agüentava. De dia e de noite, com sol ou aguaceiros, calor, sereno, e nas friagens terríveis de meio-do-ano, sem arrumo, só com o chapéu velho na cabeça, por todas as semanas, e meses, e os anos — sem fazer conta do se-ir do viver. Não pojava em nenhuma das duas beiras, nem nas ilhas e croas do rio, não pisou mais em chão nem capim. Por certo, ao menos, que, para dormir seu tanto, ele fizesse amarração da canoa, em alguma ponta-de-ilha, no esconso. Mas não armava um foguinho em praia, nem dispunha de sua luz feita, nunca mais riscou um fósforo. O que consumia de comer, era só um quase; mesmo do que a gente depositava, no entre as raízes da gameleira, ou na lapinha de pedra do barranco, ele recolhia pouco, nem o bastável. Não adoecia? E a constante força dos braços, para ter tento na canoa, resistido, mesmo na demasia das enchentes, no subimento, aí quando no lanço da correnteza enorme do rio tudo rola o perigoso, aqueles corpos de bichos mortos e paus-de-árvore descendo — de espanto de esbarro. E nunca falou mais palavra, com pessoa alguma. Nós, também, não falávamos mais nele. Só se pensava. Não, de nosso pai não se podia ter esquecimento; e, se, por um pouco, a gente fazia que esquecia, era só para se despertar de novo, de repente, com a memória, no passo de outros sobressaltos. Minha irmã se casou; nossa mãe não quis festa. A gente imaginava nele, quando se comia uma comida mais gostosa; assim como, no gasalhado da noite, no desamparo dessas noites de muita chuva, fria, forte, nosso pai só com a mão e uma cabaça para ir esvaziando a canoa da água do temporal. Às vezes, algum conhecido nosso achava que eu ia ficando mais parecido com nosso pai. Mas eu sabia que ele agora virara cabeludo, barbudo, de unhas grandes, mal e magro, ficado preto de sol e dos pêlos, com o aspecto de bicho, conforme quase nu, mesmo dispondo das peças de roupas que a gente de tempos em tempos fornecia. Nem queria saber de nós; não tinha afeto? Mas, por afeto mesmo, de respeito, sempre que às vezes me louvavam, por causa de algum meu bom procedimento, eu falava: — "Foi pai que um dia me ensinou a fazer assim..."; o que não era o certo, exato; mas, que era mentira por verdade. Sendo que, se ele não se lembrava mais, nem queria saber da gente, por que, então, não subia ou descia o rio, para outras paragens, longe, no não-encontrável? Só ele soubesse. Mas minha irmã teve menino, ela mesma entestou que queria mostrar para ele o neto. Viemos, todos, no barranco, foi num dia bonito, minha irmã de vestido branco, que tinha sido o do casamento, ela erguia nos braços a criancinha, o marido dela segurou, para defender os dois, o guarda-sol. A gente chamou, esperou. Nosso pai não apareceu. Minha irmã chorou, nós todos aí choramos, abraçados. Minha irmã se mudou, com o marido, para longe daqui. Meu irmão resolveu e se foi, para uma cidade. Os tempos mudavam, no devagar depressa dos tempos. Nossa mãe terminou indo também, de uma vez, residir com minha irmã, ela estava envelhecida. Eu fiquei aqui, de resto. Eu nunca podia querer me casar. Eu permaneci, com as bagagens da vida. Nosso pai carecia de mim, eu sei — na vagação, no rio no ermo — sem dar razão de seu feito. Seja que, quando eu quis mesmo saber, e firme indaguei, me diz-que-disseram: que constava que nosso pai, alguma vez, tivesse revelado a explicação, ao homem que para ele aprontara a canoa. Mas, agora, esse homem já tinha morrido, ninguém soubesse, fizesse recordação, de nada mais. Só as falsas conversas, sem senso, como por ocasião, no começo, na vinda das primeiras cheias do rio, com chuvas que não estiavam, todos temeram o fim-do-mundo, diziam: que nosso pai fosse o avisado que nem Noé, que, por tanto, a canoa ele tinha antecipado; pois agora me entrelembro. Meu pai, eu não podia malsinar. E apontavam já em mim uns primeiros cabelos brancos. Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta, tanta culpa? Se o meu pai, sempre fazendo ausência: e o rio-rio-rio, o rio — pondo perpétuo. Eu sofria já o começo de velhice — esta vida era só o demoramento. Eu mesmo tinha achaques, ânsias, cá de baixo, cansaços, perrenguice de reumatismo. E ele? Por quê? Devia de padecer demais. De tão idoso, não ia, mais dia menos dia, fraquejar do vigor, deixar que a canoa emborcasse, ou que bubuiasse sem pulso, na levada do rio, para se despenhar horas abaixo, em tororoma e no tombo da cachoeira, brava, com o fervimento e morte. Apertava o coração. Ele estava lá, sem a minha tranqüilidade. Sou o culpado do que nem sei, de dor em aberto, no meu foro. Soubesse — se as coisas fossem outras. E fui tomando idéia. Sem fazer véspera. Sou doido? Não. Na nossa casa, a palavra doido não se falava, nunca mais se falou, os anos todos, não se condenava ninguém de doido. Ninguém é doido. Ou, então, todos. Só fiz, que fui lá. Com um lenço, para o aceno ser mais. Eu estava muito no meu sentido. Esperei. Ao por fim, ele apareceu, aí e lá, o vulto. Estava ali, sentado à popa. Estava ali, de grito. Chamei, umas quantas vezes. E falei, o que me urgia, jurado e declarado, tive que reforçar a voz: — "Pai, o senhor está velho, já fez o seu tanto... Agora, o senhor vem, não carece mais... O senhor vem, e eu, agora mesmo, quando que seja, a ambas vontades, eu tomo o seu lugar, do senhor, na canoa!..." E, assim dizendo, meu coração bateu no compasso do mais certo. Ele me escutou. Ficou em pé. Manejou remo n'água, proava para cá, concordado. E eu tremi, profundo, de repente: porque, antes, ele tinha levantado o braço e feito um saudar de gesto — o primeiro, depois de tamanhos anos decorridos! E eu não podia... Por pavor, arrepiados os cabelos, corri, fugi, me tirei de lá, num procedimento desatinado. Porquanto que ele me pareceu vir: da parte de além. E estou pedindo, pedindo, pedindo um perdão. Sofri o grave frio dos medos, adoeci. Sei que ninguém soube mais dele. Sou homem, depois desse falimento? Sou o que não foi, o que vai ficar calado. Sei que agora é tarde, e temo abreviar com a vida, nos rasos do mundo. Mas, então, ao menos, que, no artigo da morte, peguem em mim, e me depositem também numa canoinha de nada, nessa água que não pára, de longas beiras: e, eu, rio abaixo, rio a fora, rio a dentro — o rio. Texto extraído do livro "Primeiras Estórias", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1988, pág. 32 MÚSICA A TERCEIRA MARGEM DO RIO -CAETANO VELOSO Oco de pau que diz: Eu sou madeira, beira Boa, dá vau, triztriz Risca certeira Meio a meio o rio ri Silencioso, sério Nosso pai não diz, diz: Risca terceira Água da palavra Água calada, pura Água da palavra Água de rosa dura Proa da palavra Duro silêncio, nosso pai Margem da palavra Entre as escuras duas Margens da palavra Clareira, luz madura Rosa da palavra Puro silêncio, nosso pai Meio a meio o rio ri Por entre as árvores da vida O rio riu, ri Por sob a risca da canoa O rio riu, ri O que ninguém jamais olvida Ouvi, ouvi, ouvi A voz das águas Asa da palavra Asa parada agora Casa da palavra Onde o silêncio mora Brasa da palavra A hora clara, nosso pai Hora da palavra Quando não se diz nada Fora da palavra Quando mais dentro aflora Tora da palavra Rio, pau enorme, nosso pai Analise do Conto a Terceira Margem do Rio – Guimarães Rosa O conto “A terceira margem do rio”,da coletânea Primeiras Estórias de 1962, de João Guimarães Rosa, é uma obra regionalista e psicológica.O narrador personagem pede angustiadamente a cumplicidade do leitor e a remissão dos pecados mesmo não sabendo qual foi. Embora o conto estabeleça uma identidade entre o pai e o filho-narrador, uma vez que é ele, e não os outros dois irmãos, o guardião da memória do pai, e é também ele, filho, que alimenta o pai na sua canoa, o pai dele também se distancia vez que é, por excelência, a diferença: aquele que rompe com os padrões estabelecidos, que desordena o senso comum, que instaura outros espaços onde os sentidos flutuam entre o que é e o que não é. Apesar da identidade, o filho, por medo, não realiza este gesto quando o pai acena para que ele o substitua na condução da canoa – daí a sensação de “falimento” do filho Então, podemos afirmar que a terceira margem é – será? - essa possante maquinaria de produzir sentidos, este (não)-lugar atravessado por todos aqueles que realizam o gesto precípuo – e corajoso – de instaurar outras ordens de valores existenciais, desordenando uma ordem estabelecida. Lugar da literatura, da arte. Lugar de João Guimarães Rosa que nos oferta a possibilidade de renovadas travessias. A terceira margem do rio não foge à estética rosiana e causa estranhamento pelo título e organização das palavras para contar a história de um narrador personagem que viu seu pai “calado, ordeiro e cumpridor dos deveres...”sair de sua rotina e fazer uma própria sem prestar contas para a sociedade. Sobre este pai que manda fazer uma canoa para durar muitos anos permanece do início ao fim do conto o silêncio e a perplexidade de todos.Ele acaba se tornando com o passar dos anos parte do rio –não menos silencioso.Está próximo à família, ao lugar onde sempre morou ,porém não permite contato.Escapole do que nós entendemos como bom senso e regras,convenções sociais e atitudes previsíveis.Ocupamos sempre um ou outro lado da margem.Entretanto este homem realizou a sua própria travessia , na ordem que lhe convinha,no rumo que queria.Passou a não obedecer qualquer explicação razoável. O homem vive ao meio sem respostas à qualquer apelo.Ocupa um espaço que não é razão ou desrazão,sanidade e loucura ,identidade e não identidade,medo e coragem.Este lugar é incompreensível .Não existe bom senso em morar num rio e nunca mais sair dele,não existe explicações para viver no não habitável,no imprevisível como é um rio . O filho, narrador-personagem não consegue entender as razões do pai e vive em uma das margens,preocupando-se e ocupando-se em manter um fio ligado ao pai.É o único que não consegue seguir a vida e construir novas relações.Mantém preso à margem do pai, à sombra,querendo ter em algum momento uma resposta do pai. Foi convidado pelo pai segundo entendimento dele a ir junto enquanto criança,mas temeu a reação da mãe.Já velho,acha que encontrou finalmente as respostas ,as razões do pai e grita ao pai a substituição.Mais uma vez teme pela mudança,pelo que há por vir,pelas novas possibilidades e resolve fugir.Se arrepende e não mais vê o pai.Acaba pedindo que diante de sua morte seja levado para o rio como o pai.Nota-se que o narrador tem medo de se atirar no desconhecido e precisa morrer para que consiga fazer a travessia .Pelas mãos dos outros. É um sujeito apegado a uma das margens e que teme a mudança,em fazer a sua própria história em se jogar no inusitado. A terceira margem do rio é o não-lugar ocupado pelos corajosos, donos de novas idéias e ideais e que não se limitam às duas margens.

quinta-feira, 22 de março de 2012

3ªETAPA PAS/UnB 2012

LEITURAS:

Livros, peças e textos (Contos , poesias e músicas)
1 - Visão 1944 e Mãos dadas, de Carlos Drummond de Andrade;
2- A hora e a vez de Augusto Matraga e A terceira margem do rio, de João Guimarães Rosa;(Contos)
3- Felicidade clandestina e O ovo e a galinha, de Clarice Lispector;
4 - O operário em construção, de Vinícius de Moraes.
5 - Almanaque Brasil Socioambiental 2008 - Disponível para download. Publicação do Instituto Socioambiental (ISA),
6 - Constituição Federal – Título II, capítulo IV, artigos 14 a 17; e Título IV, capítulo I, seções I a IV, artigos 44 a 56.
7 - Texto: Zwkrshjistão (localizado no blog Crepúsculo dos Ídolos - A Filosofia a Golpes de Martelo, Friedrisch Nietzsche
8 - Porque não sou cristão, Bertrand Russel
9 - São Bernardo, Graciliano Ramos,
10 - O analfabeto político, de Bertold Brecht.
11- Campeões do mundo, de Dias Gomes
12 - Artigos científicos como os de Jan Hoeijmakers e Rob DeSalle publicados na edição especial Revolução Genômica, da Revista Fapesp (jun/jul 2008), apresentam importantes elementos para essa reflexão, assim como o Dossiê Darwin, da revista Darcy (número 1)
Filmes:
1 - Nós que aqui estamos por vós esperamos, de Marcelo Masagão (Sequência com 06 fragmentos do vídeo no YouTube)

2- Estamira, de Marcos Prado (Sequência com 12 fragmentos do vídeo no YouTube)
3 - Encontro com Milton Santos, de Sílvio Tendler (Sequência com 10 fragmentos do vídeo no YouTube)

ARTES PLÁSTICAS:


1 - Anunciação, de Djanira,
2- Oratório de mulher, de Farnese de Andrade,
3- O mando da apresentação, de Arthur Bispo do Rosário
4 - Mural da Igrejinha (Brasília – DF), de Luis Galeno,
5- Deuses de um novo mundo, de José Clemente Orozco,
6 - Painel Guerra e Paz, de Cândido Portinari,
7- Império do efêmero, de René Magrite
8- A criança geopolítica observando o nascimento de um novo mundo,
9- Talheres, Arthur Bispo do Rosário,
10- Inserções em circuitos ideológicos, Cildo Meireles Aranhas, Luise Bourgeois,
11- Roda de Bicicleta e Nu descendo a escada, Marcel Duchamp.
12- O grito, de Edward Münch,
13- Retrato de família, de Max Beckmann,
14- Almoço na relva (releitura),e Guernica de Pablo Picasso,
15- Janelas, de Charles Sheeler,
16- O pescador e Abaporu de Tarsila do Amaral,
17- Improvisação número 23, de Kandinsky,
18- Cisnes refletindo elefantes, de Salvador Dalí,
19- A noiva do vento, de Oscar Kokoschka,
20- Parangolés, de Hélio Oiticica,
21- Chaleira Alessi, de Michel Graves,
22- Terno de feltro, de Josef Beuys,
23- Lpis, de Jeff Koons,
23- Autoretrato com macaco, de Frida Kahlo
24- Autoretrato, de Egon Shiele
25- Mona Lisa, de Botero,
26- série Body Builders, de Alex Flemming
27- Marlene Dietrich, de Vick Muniz
,28 –Guernica de Pablo Picasso

MÚSICAS:
1- Jesus Christ Superstar, de Andrew Lloyd Webber;
2- Até quando esperar, da Plebe Rude;
3- Brasil com P. do rapper GOG;
4 -Suíte para toy piano, John Cage
5- Primavera, Pato Fu
6- Assim falou Zaratustra, Strauss
7- A terceira margem do rio - Interpretação de Caetano Veloso
8- Côco dub, Nação Zumbi
9- Cidadão, de Lúcio Barbosa
10- Cotidiano, de Chico Buarque
11 - Titãs – Epitáfio
12 - Garota de Ipanema – Tom Jobim e Vinícius de Moraes
13 - Caetano Veloso e Gilberto Gil –– Panis et Circenses interpretado por Os Mutantes
14 - Lady Gaga – Paparazzi
15 - Caetano Veloso - Podres Poderes
16 - Gabriel Pensador - Pega Ladrão
17 - Legião Urbana - Que país é esse
Música de Concerto
1 - Richard Strauss – Assim falou Zarathustra, Op. 30 Einleitung (Introdução), Amanhecer e Da Ciência (Fuga)–
2 - Strawinsky – A história do soldado. - Marcha do Soldado e Três Danças: Tango, Valsa e Ragtime
3 - Claudio Santoro e Vinícius de Moraes – Ouve o Silêncio
4 - Gilberto Mendes e Décio Pignatari– Moteto em Ré m - Beba Coca Cola.
5 - John Cage – Suite for Toy Piano - Suíte para piano de brinquedo
– para fazer contraponto com a música de brinquedo do Pato Fu, Primavera música de Cassiano e Silvio Rochael

PEÇA TEATRAL:
1. Campeões do mundo, de Dias Gomes


Acessar o endereço: http://www.cespe.unb.br/pas/Matriz_Avaliac_3a_etapa_2009-2011.pdf

2ª ETAPA DO PAS/UnB 2012

LIVROS E TEXTOS

1 John Locke – Ensaio Sobre o Entendimento Humano (1690);
2 Voltaire – Cândido, ou o otimismo (1759);
3 Victor Hugo – Os miseráveis
4.Machado de Assis – Dom Casmurro;
5 William Shakespeare – Otelo, o mouro de Veneza;
6.Almanaque Brasil Socioambiental 2008 (Instituto Socioambiental – ISA);

MÚSICAS

1. Johann Sebastian Bach – Cantata 140 (Wachet auf, ruft uns die Stimme), Coro 1 – Wachet auf, ruft uns
die Stimme; no Coro 4 – Zion hort die Wächter Singen; e Ária 6 – dueto soprano e baixo.
2. W. Amadeus Mozart – Kyrie e Lacrimosa da Missa de Réquiem
3. Pe José Maurício Nunes Garcia – Kyrie e Ingemisco da Missa de Réquiem.
4. Susan Boyle – I dreamed a dream. Versão musical, Les Miserables, 1980, de Alain Boublil com música
de Claude-Michel Schönberg;
5. Moreira da Silva – Subida do Morro;
6. Blitz – Você não soube me amar;
7. Caetano Veloso – Quereres;
8. Michael Jackson – Billie Jean;
9. Jatobá – Matança (cantada por Xangai);
10. Chico Buarque de Holanda – Fado Tropical;
11. Dino Rocha – Para ti Ponta Porã;
12. Sivuca – Feira de Mangaio;
13. Renato Borguetti e Vitor e Leo – Milongas para as missões;
14. Toninho Ferragutti – Forró Classudo;
15. Moreira da Silva – Subida do Morro;

2
Com exceção do Almanaque Brasil Socioambiental 2008, publicação do Instituto Socioambiental (ISA:
www.socioambiental.org/home_html), os livros propostos para o Subprograma 2009 são de domínio público. Cabe ressalvar,
porém, de acordo com o Art. 14 da Lei n.º 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 (www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9610.htm),
―É titular de direitos de autor quem adapta, traduz, arranja ou orquestra obra caída no domínio público, não podendo opor-se
a outra adaptação, arranjo, orquestração ou tradução, salvo se for cópia da sua‖. Sítios recomendados: Biblioteca Nacional
Digital do Brasil (www.bn.br/bndigital) e Ministério da Educação (www.dominiopublico.gov.br). 16. Carmem Miranda – Disseram que eu voltei americanizada;
17. Sepultura – Kaiowas;
18. Saint Saëns - Carnaval dos Animais: Introdução; Tartaruga; Os fosseis;
19. Aboio tema da Abertura do Auto da Compadecida;
20. Léo Jayme com Eduardo Dusek - Rock das Cachorras;

PINTURAS

1. Paul Gauguin – De onde viemos? O que somos? Para onde vamos?;
2. Modesto Broccos y Gomes - Redenção de Cam;
3. Nelson Screnci – Metamorfose Cultural;
4. Eugene Delacroix - A Liberdade guiando o Povo;
5. Giovanni Volpato - O Quarto Estado;
6. Willian Turner – Naufrágio;
7. Vincent van Gogh - O Semeador;
8. George Seurat - Uma Tarde na Grande Jatte;
9. Jean Baptiste Debret - estudo para Sagração de D. Pedro I e o Jantar;
10. Francisco de Goya - os ex-votos e a série de gravuras Desastres de Guerra;
11. Gustav Klint - O Retrato de Adele
12. Eliseu Visconti - 1091 Golfo de Nápoles com o Vesúvio ao fundo,

RETRATOS

1. Vick Muniz – Valentina;
2. Fotografias de Sarah Bernhardt;
3. Nadar - Intuições Atléticas;
4. Arthur Omar – 2003;
5. Andy Warhol - serigrafias sobre fotografia, como Pelé e Michael Jackson;

ESCULTURAS

1. Galileo Emendabili – Ausência (cemitério do Morumbi-SP);
2. Victor Brecheret – Ave Maria (Mausoléu da Família, necrópole de São Paulo – SP);
3. Bernini – O êxtase de Santa Teresa;
4. Auguste Rodin – O Torso de Adele;
5. Complexo Arquitetônico de Bom Jesus de Matozinhos;
6. Antonio Francisco Lisboa Os profetas e Os Doze Passos da Paixão, Congonhas do Campo-MG;
7. Edgar Degas - a Bailarina de 14 anos e Ensaio de Balé;
8. Eduard Manet - Um bar no Folies-Bergère;
9. Van Gogh - O Quarto, versão de 1889;
10. Jean- François Millet - O Ângelus;
11. Franz Krajberg - Flor do Mangue;
12. Nelson Screnci - Eldorado,

OUTRAS OBRAS

1. Rosalina Paulino – Parede de Memória;
2. Adereços Cerimoniais da tribo Kayabi do Estado de Mato-Grosso;
3. Nelson Leiner – Missamóvel
4. Wanguechi Mutu - Ascensão da Doce Borboleta nos Campos da Matança;
5. Jean-Baptiste Chardin - A Boa Educação;
6. Rafael Frederico - Nu Feminino Deitado;
7. Luis Frederico da Silva - Retrato de Negro;
8. Constituição Federal de 1988, Capítulo II, Direitos Sociais Fundamentais Artigos do 6º ao 11º

1ªETAPA PAS/UnB 2012

LIVROS E TEXTOS:

• O Discurso da Servidão Voluntária, de Etienne de La Boétie
• Almanaque Brasil Socioambiental 2008, do Instituto Socioambiental*
• Artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, 1988
• A pele do lobo, de Arthur de Azevedo (peça teatral)
• Cartas Chilenas, de Tomás Antônio Gonzaga
• A alma encantadora das ruas, de João do Rio
• Textos contemporâneos a serem definidos


FILMES

• Atlântico negro na rota dos Orixás, de Renato Barbieri
• Para o dia nascer feliz, de João Jardim
• Encontro com Milton Santos, ou o mundo global visto do lado de cá, de Silvio Tendler

ARTES VISUAIS

• Pinturas rupestres realizados na Região de Lagoa Santa (Minas Gerais)
• Grafites dos artistas conhecidos como Os Gêmeos
• Moça com brinco de pérola, 1665, de Jan Veermer
• A velha (Rainha de Tunis), 1513, de Quentin Massys
• O Beijo, 1967, de Valdemar Cordeiro
• Auto-retratos da artista mexicana Frida Kahlo
• Fotografias do acampamento de Sem Terra em Rio Bonito do Iguaçu (Paraná) feitas 1996 por Sebastião Salgado
• Esculturas de Mauritius Cornélius Escher
• Arquitetura do Teatro Nacional de Brasília, de Oscar Niemeyer
• Blocos do Teatro Nacional de Brasília, de Athos Bulcão
• Pirâmides incas de Machu Picchu, no Peru
• Desenhos e vitrais de Henri Matisse, da Capela Nossa Senhora do Rosário em Vence, na França
• Azulejos de Athos Bulcão na Igreja Nossa Senhora de Fátima de Brasília (Igrejinha da 307/308 Sul)
• Exposição das Vacas espalhadas pela Avenida Paulista (em 2005)
• Escultura Meteoro, de Bruno Giorgi (no Palácio do Itamaraty)
• Escultura Condor, de Bruno Giorgi (na Praça da Sé, em São Paulo)
• Ruínas de Stonehenge, na Inglaterra
• Estátua de Carlos Drummond de Andrade em Copacabana (RJ), de Leo Silveira — referência ao poema do escritor Fala, Amendoeira.

MÚSICAS:

- Daqui pra frente - NXzero;
- Cedo ou tarde - NXzero;
- Pro dia nascer feliz - Cazuza;
- Eu nasci há dez mil anos atrás - Raul Seixas;
- Eu nasci há dez mil anos atrás - Móveis Coloniais de Acaju ;
- Eu nasci com fama - Móveis Coloniais de Acaju ;
- Olhos coloridos - Sandra de Sá;
- Olhos coloridos - Funk como le gusta;
- Hino de Duran - Chico Buarque;
- O casamento dos pequenos burgueses - Chico Buarque;
- Se eu fosse o teu patrão - Chico Buarque;
- Tango do covil - Chico Buarque;
- Sweet Lullaby - Deep Forest;
- Sadeness - Enigma;
- Violeira, de Chico Buarque e Tom Jobim, na voz de Monica Salmaso;
- Bachiana n. 4 - Heitor Villa-Lobos;
- Carmen - Bizet;